sexta-feira, 11 de julho de 2014

Blakkk mordido, pantufada dada


Já não se pode andar a passear, atrelado ao nosso cão, pelas ruas desta cidade.
Há uns dias o meu cão foi mordido numa pata traseira, por um arraçado de lobo de alsácia. Claro que a minha reação, ao ouvir o ganir do Blakkk, foi a de olhar para o que se estava a passar e ao ver aquele pimpolho a deliciar-se com a pata do meu "lulu" preguei-lhe uma pantufada em plena queixada que o pus a fugir para junto da sua dona. 
A madame estava refastelada numa esplanada a tomar o seu cafézinho acompanhando-o de umas fumaças.
Abeirou-se de mim e do Blakkk (ainda com a pata encolhida provocada pela dor) e identificou-se como sendo funcionária da Câmara e o cão também pertencia à mesma instituição. Perguntou pelos estragos feitos e que podia recorrer a um veterinário qualquer, que me dava o seu contacto e pagaria todas as despesas.
Como me apercebi que a pata estava inteira e não tinha sangue, disse à senhora que não seria preciso mas o estado psicológico do meu rafeiro é que tinha ficado alterado e isso não tinha solução.
Estava eu a dar uma reprimenda à Senhora por ter à solta um cão com aquelas tendências, quando passa por nós um velhote(mais ou menos da minha idade) que vociferou : Se a senhora precisar de uma testemunha eu ofereço-me porque não é assim que se trata (ao pontapé) um animal.
Olhei para o cívico senhor e só lhe disse: Pelos vistos não era só este animal que estava a precisar de uns açoites. Andam por aí uns cães de maior porte que também precisam de uns piparotes no traseiro. 
A senhora foi-me dizendo que era seu vizinho, para não ligar.
 Se ele tivesse parado ou dito mais qualquer coisa eu teria perdido a cabeça e iria haver confusão.
Anda cada animal, à solta, por estas ruas! 
   

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