sábado, 24 de junho de 2017

De parabéns?!


Hoje, dia de S.João, institucionalizei que o meu cão Blakkk terá nascido há quatro anos, nesta data e portanto faz hoje anos!
Cão abandonado quando ainda era uma bolinha preta e que o veterinário lhe deu, na altura, três meses e meio de idade, mais dia menos dia. Fiz as contas desde o dia que  o encontrei e decidi que sempre que ele ouvisse o ribombar do fogo de artifício na noite de 23 para 24 de junho, seria em sua honra.
Estou convicto que a sua mãe(?) incógnita, ao ouvir o barulho dos foguetes, na noite de S.João, entrou em trabalho de parto e lançou para a "fogueira da vida" este exemplar de raça indefinida.
Quis o destino que alguém o tivesse abandonado no vão das escadas de um prédio no Porto, onde eu estava a restaurar um andar. Ouvindo os seus gemidos fui atraído para encontrar aquela coisinha fofa que tentava subir desesperadamente os degraus do prédio e ir em direção aos sons que os homens faziam nas obras.Peguei nele e  nunca mais tive coragem de o deixar abandonado.
Bem merece, esta distinção porque tem sido um companheirão, sempre pronto para me acompanhar tanto  nas saídas citadinas como nos passeios transmontanos.
Feliz aniversário...BLAKKK!

ps: Os KKK são devido aos risos que ele sempre me provoca quando estamos em amenas brincadeiras.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Para o diário do Blakkk

Isto de se sair com o cão de estimação, afoitamente, pelas ruas e jardins desta cidade começa a ser um pesadelo.
Hoje, na primeira saída do dia, o Blakkk e eu, tivemos que nos safar a pontapé, do cão que já há duas semanas, mais dia menos dia, o tinha atacado e lhe tinha pregado uma ferradela. Desta vez, resolvi o caso com três "chegas para lá" bem acertados no lombo do mal habituado cão de água de seu nome Rufus. O dono, continua com a teimosia de o deixar andar solto pelo jardim e pelos vistos continuará a fazê-lo. Futuros episódios se seguirão de certeza. Deste incidente, há a registar uma queimadela no meu dedo indicador da mão direita que segurava a trela do Blakkk. O sistema de bloqueio da trela não funcionou de imediato e eu(instintivamente) tentando puxar com a mão o fio, sofri essa queimadela, mas tudo bem. 
Na segunda saída do dia, depois do almoço, encontrá-mo-nos com a cadela "Puma" mais o seu dono. Como já sei que aquela cadela é meia arisca mantive uma distância segura entre nós e foi o suficiente para o Blakkkk dando um salto para trás(reflexo de sobrevivência) se safar de mais uma tentativa de ser mordido. O dono com a força daquela investida levou uma esticadela que não foi brincadeira. Quase se estatelou.
Ainda falta a terceira saída do dia que se fará depois do jantar. Vamos ver o que nos reserva o destino nesta selva citadina.

ps: Já fiz a terceira saída e, finalmente, tudo correu sobre rodas (quatro patas), pacificamente, mas sempre com todos os sensores ligados, no máximo de prevenção, não fosse o diabo tecê-las!

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Há dias e... dias

Ontem, o dia ficaria registado no meu diário, se o tivesse, por dois casos. O primeiro, já o relatei aqui, foi o ocorrido na primeira passeata do dia com o meu cão. O segundo, como não podia deixar de ser, ocorreu durante a terceira e última passeata com o Blakkk....claro. Eu conto:
Estava eu, mais o meu dito rafeiro, em amena troca de olhares tentando chegar a uma conclusão do percurso a calcorrear quando passam por nós dois rapazes/homens dos vinte e muitos ou trinta e poucos anos e um deles aproxima-se, pára e diz-me que eu se calhar não o reconhecia, mas tinha sido seu professor de Educação Física na escola E.B.2/3 T. L.(agora com outro nome pomposo) e que tinha sido o professor que mais o tinha marcado pela positiva, mesmo para o resto da sua vida e que nunca me esqueceu. Agradeci, como me ocorreu naquele momento tais elogios, despedi-me dele, fechei a boca do espantado Blakkk que estava atónito a ouvir aqueles louvores e já começando a andar, pelo percurso que o meu vira-latas queria(concedi-lhe a sua vontade), fui a pensar que aquele meu ex-aluno, de certeza, não me tinha como professor às segundas-feiras, pois, quando calhava do Porto ter perdido, no domingo anterior, eu ia para a escola totalmente condicionado ao meu estado de espírito...revoltado e, como quando o mar bate nas rochas quem paga é o mexilhão, está visto que aquelas aulas eram dadas/administradas quase em "piloto automático". Eu parecia mais um zombie, meio anestesiado pela desgraça do meu clube do peito...desde que nasci!
Reconheço que, como professor, tinha aquele calcanhar de Aquiles.
Mas, tirando a farfalhuda barba preta que cobria uma boa parte da sua cara, eu ainda reconheci o miúdo aguerrido, voluntarioso e bem educado que me tinha passado "pelas mãos" e que pelos vistos ajudei a moldar o seu caráter e caminho a seguir nesta vida. O seu nome é que já faz parte do nevoeiro que a minha memória seletiva é pródiga. 
Há dias e ...dias.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

O homem até tinha razão...porra!

O humor, faz parte da minha maneira de enfrentar e de me defender dos acasos da vida. Sem ele, o sorriso seria mais difícil de aparecer na minha cara quotidiana...séria, de poucos amigos e cansada de ver tanta esperteza e egoísmo, mesmo ao correr da próxima esquina.
Hoje, ao regressar do primeiro passeio higiénico concedido ao meu cão rafeiro, portador de uns mal pesados 7 kilos, de pêlo e osso, e já dentro da praceta onde moro, reparei que o meu filho ia mais à frente com o carrinho de criança que transportava a minha neta, em direção à minha casa, para a deixar ficar ao cuidado dos abençoados Avós. Vai daí, disse ao Blakkk(nome do meu cão), olha o A...(nome do meu filho) e como sei que ele o adora, soltei-o da trela. Ele, que nem uma bala, correu em direção do meu filho e neta. A meio desse percurso estava um "vetusto" ser humano que ao vê-lo a correr  passando por si, fez um gesto de tentativa de afastamento da "besta" com as suas mãos, ao mesmo tempo que me dizia "ele deve ter uma coisa assim"!!!(e fez uma distância entre mãos de meio metro), querendo referir-se à TRELA( à falta dela). Eu, olhei para ele com a minha cara de "bom samaritano" e fazendo o mesmo gesto, respondi-lhe -" NÃO, ele tem-na deste tamanho", fazendo um gesto com os dois dedos do meio, a uma distância de  20 centímetros - e completei o meu percurso...sorrindo mas sem lhe mostrar os dentes, até à porta do meu prédio. O " vetusto artista" ainda agora deve estar a coçar os olhos e a pensar como se enganou tanto no... tamanho!
Estou farto de afirmar que o meu cão até hoje nunca mordeu. Eu, é que sempre que for preciso continuarei a morder, de preferência... humoristicamente!