sábado, 8 de setembro de 2007

As noites loucas das sextas-feiras em Copenhaga!



Li já há uns tempos, no jornal de Notícias, um artigo sobre um português, nascido em Amarante, e por isso mesmo conhecido pelo "Amarante". Está radicado em Copenhaga, é um sem abrigo que, dizia ele, conseguia viver à custa das latas vazias de cerveja que ia apanhando do chão e nos caixotes de lixo às sextas-feiras à noite em Copenhaga!
Fazia, facilmente, uma quantia de coroas dinamarquesas equivalente a 800 euros!
Confessava viver muito razoavelmente e que até se dava ao luxo de quando visitava Portugal (já o tinha feito várias vezes), o fazer de avião!
Estava inclusivé  em vias de conseguir lá casa, cedida pelo governo escandinavo.
Tinha um bom serviço de saúde e como tal, não trocava já aquele país por nenhum outro, ele que já tinha calcorreado uma boa dúzia de países por esta Europa fora!
E de facto, constatei que devido às bebedeiras loucas daquela juventude, às sextas-feiras à noite, naquela cidade, não era difícil encontrar as centenas senão milhares de latas, necessárias para fazer tal quantia em dinheiro.
Bastava-lhe  ir apanhando-as durante a noite.
É que são mesmo aos magotes! Só vendo se acredita!
As ruas, nessas noites, parecem as lixeiras em que se transformam as nossas, após a noitada de S. João, aqui no Porto(antigamente)!
Logo pela manhãzinha, andam empregados camarários a fazer a limpeza das ruas. Fica tudo impecável!
Por cá... as bebedeiras da nossa juventude e não só, são repartidas por todas as noites da semana e a apanha do lixo... tem dias!
Poderão pensar, bebedeiras são bebedeiras, mas olhem que não! Aquelas bebedeiras, consentidas pelo governo, quase institucionalizadas, controladas, servindo de escape a muitas pressões e depressões juvenis são, mesmo assim, muito mais ...brutalmente civilizadas!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Sobre Thralls!



Quem alguma vez viajou por terras escandinavas, por certo já viu uns homenzinhos peludos de narizes compridos, olhares encovados e agri-doces chamados "thralls"!
Vendem-se muito bem, são uma das lembranças que o turista gosta de comprar.
Ora bem, chegado da viagem, comecei a juntar as fotografias, a lembrar-me de peripécias que me foram acontecendo durante a dita e a relembrar algumas histórias, tipo lendas, que os guias nos foram presenteando sobre os chamados thralls.
Fiquei com a curiosidade de saber algo mais sobre estas criaturas!
Para tal, consultei a wikipédia e fiquei a saber que um thrall era, considerado e tratado, como um escravo na cultura escandinava durante a idade viking (entre 800 e 1066), portanto mais ou menos 300 anos de duração!Eram um dos produtos das pilhagens e troféus de ataques a outros povos!
Passavam a ser considerados da casta dos thralls, e tratados como tal, os próprios escandinavos que fossem condenados por crimes de sangue!
Os nascidos da ligação de uma mulher thrall com um homem livre eram considerados livres!
Os nascidos de uma mulher livre e homem thrall eram considerados thralls!
E agora, começam as histórias...
Havia thralls que conseguiam fugir dos seus donos e emaranhavam-se nas montanhas!
Lá, imagina-se que viveriam como animais entre os animais selvagens!
Das "coisas" que tinham escassez era de mulheres!
Rondavam os povoados e sempre que tinham oportunidade levavam para as montanhas uma ou outra mulher que estivesse mais à mão de semear para poderem dar azo ao, digamos, instinto de conservação da espécie!
Depois, deixavam-nas regressar ou então pediam um género de resgate!
Ora, consta-se que alguns homens livres, insatisfeitos ou com a beleza da sua amada ou por qualquer outra razão, começaram a facilitar esses golpes, muitas vezes mesmo pagando para que as levassem e, principalmente, não as devolvessem!
Por isso ainda hoje muitos homens livres olham para as montanhas e suspiram...
Também se dá o caso de algumas mulheres olharem, ainda hoje, para as montanhas e suspirarem!
Enfim... devem ser muito...sentimentais!
Um pouco talvez por causa da tentativa de cristianização na escandinávia a escravatura tornou-se socialmente inaceitável e foi abolida em 1335!

domingo, 2 de setembro de 2007

Na teia da vida



O aranhiço porque estará tão triste?


Sente-se triste porque tece imenso!

Mas se não tecer, a tristeza persiste

pois não tecer é um viver sem senso!



linusdc