quarta-feira, 18 de abril de 2018

Cuscando a paisagem mirandesa


Da varanda do hotel Fresno, na cidade de Miranda do Douro, registei esta bonita paisagem. Vê-se o que resta do antigo castelo(à esquerda) e uns repuxos(sempre bonito de se contemplar) no meio do leito do rio Fresno que irá confluir com o Rio Douro a sul desta cidade.

Burriquices



Não tive amas nem infantários. No meu tempo de infância isso era um luxo, só atingível para uma pequena elite social.  Os meus avós foram quem me moldou. A rua era o meu lugar privilegiado para as brincadeiras. Desde o meu tempo de escola primária, liceu e por aí fora, era comum, usual, ouvir dizer que alguém que respondia mal a uma pergunta ou disparatava sobre um qualquer outro assunto, que essa pessoa tinha dito uma burrice ou então, mais direto, que essa pessoa era burra. Agora, nestes tempos "modernos" mais avançados, mais aprofundados psicologicamente, em principio pensar-se-ia que seria de mau tom e quiçá até traumatizante dizer que alguém era burra ou tivesse cometido uma burrice. Os tempos são outros, as psicologias, as banalidades evoluíram e as novas gerações já crescem e evoluem noutros sítios mais educados e instruídos. Daí a  haver um "licenciamento" generalizado da juventude, em  tratamentos humanos, foi um pequeno/grande passo. Presentemente dizer a alguém ou de alguém, que é burro, é estar a dar-lhe um patamar já generalizado de estatuto social. 
Um político,um governante ou até uma guia turística, dizer ou fazer uma burrice é já banal. Ninguém leva a mal. Ao atravessar o túnel do Marão, a guia turística, que me acompanhou neste fim de semana na "Rota de la Lhéngua  Mirandesa" querendo dar uma de conhecimento geral, avançou com uns curtos 1566 metros de extensão deste túnel. Falhou por pouco nos números lançados (ao vento) por si, mas falhou por muitos na sua extensão. O algarismo 1 não tem razão de existir e só deveria acrescentar um 5 no fim.  Na realidade são só... 5.665 metros. Quase que acertava! Sai-me cada capicua!

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Registando para a posteridade


Durante a atuação dos "LÉRIAS" na taberna "A Moagem", em Sendim, freguesia do conselho de Miranda do Douro, região na qual se fala a segunda língua oficial portuguesa, eis que junto ao "pifareiro" apanhei  o meu amigo A.A. "registando a participação no evento da sua esposa dançante". Não houve maleitas que afligissem quem quer que fosse naquela tarde...bem passada.

fotografia "censurada"


O rio Tua, afluente do rio Douro, parece estar a ser "censurado" tal o efeito criado pela velocidade do autocarro em que eu viajava com os protetores da ponte sobre a qual estava a passar. O efeito azulado da fotografia é devido à sua captura através do vidro(anti U.V.) da janela do autocarro.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

SAFARI TRANSMONTANO ASININO


Domingo, vou participar num pomposo SAFARI asinino num lugar chamado Palheiriço, lá para os lados de Miranda do Douro,  leste transmontano, mesmo junto à fronteira com Espanha. 
Munido de um típico cajado mirandês, calcorrearei (o que for necessário) para apreciar (visualmente) a beleza rústica daquela espécie, considerada em vias de extinção... o burro mirandês. O seu zurrar é muito característico e bonito de se ouvir. 
Lembro-me das cavalgadas ou seriam só correrias que protagonizei, quando era jovem,  nos caminhos empoeirados da minha recôndita aldeia transmontana.  Nessa altura havia uma carrada desses lindos animais. Não haveria agricultor que não tivesse na sua "loja" um desses espécimes. E como era bonito acordar com os seus zurrares estridentes. Nessa altura não havia eletricidade na aldeia e tudo cheirava a um rusticismo genuíno. Presentemente, só a burra da senhora Tina, senhora já com mais de 90 anos mas que ainda labuta a terra com a sua inseparável burra, é que ainda "reside" na aldeia da qual ainda tenho algumas costelas genealógicas. Os burros deram lugar aos cavalos...dos motores dos tratores e automóveis. As lojas dos animais passaram a garagens com portões automáticos e respetivo comando eletrónico, acomodando essas bestas ferozes com muitos cavalos nos motores.É a modernice a tresandar por todos os bolsos e carteiras dos seus novos inquilinos.  


quarta-feira, 4 de abril de 2018

Troca - tintas de uma figa


Estas belas orquídeas  de cor azul foram  coradas artificialmente, é verdade, mas ficaram lindas, lindas. Este exemplar foi-me oferecida, no dia de Páscoa, pela minha esposa que, sabendo do meu gosto pelos azuis, ofertou-me este espécime. Mas, bastou o F.C.P. escorregar em Belém e deixar o comando do campeonato, para esta linda planta começar a mudar de cor. Aquele botão ainda fechado, quando abriu, mostrou a sua verdadeira cor que não tem nada a ver com todas as outras(mostra uns raios avermelhados). Enquanto ela me fizer  lembrar aquelas duas grandes tigeladas vindas de Belém  não vou conseguir engolir aquelas delicadas, doces, sumarentas e ternurentas  preciosidades! Quanto à planta, para já, só a rego uma vez por semana com água mineral mas, se as coisas continuarem a correr mal para os lados do dragão, creio que vai passar a beber água da torneira, com cloro e tudo. Era só o que faltava ter uma vira-casacas dentro de casa!


segunda-feira, 2 de abril de 2018

mira - o mar


Miramar, uma das boas praias do norte do País. Grande areal com areias finas só pena as nortadas(ventos do norte) que no verão teimam em nos castigar. Esta localidade tem como particularidade uma capela construída em cima das rochas, mesmo junto ao mar. Conta uma lenda que um cavalo num galope desenfreado( devia ter visto uma cavala jeitosa) numa noite de grande nevoeiro, estacou mesmo em cima das rochas ao ouvir o rebentar das ondas alterosas, evitando uma morte eminente do seu cavaleiro. Este Senhor, para agradecer tal "milagre" mandou erigir aquela capela. Ainda hoje se consegue ver as marcas das ferraduras do cavalo cravadas nas rochas.