sábado, 30 de junho de 2018

Dia de mata-mata


O jogo de futebol entre Portugal e Uruguai é já hoje. 
Começam os oitavos de final deste mundial e quem perder vai de vela. 
É o chamado caso de mata-mata.
Estou em crer que vai mais ser um dia de mata e esfola. Muitas canelas esfoladas porque as caneleiras protetoras das pernas dos jogadores vão ser curtas para cobrirem todas as regiões...demarcadas.


Atenção VAR, usem óculos com lentes atualizadas de preferência progressivas, anti reflexo com proteção UV porque têm mostrado, durante estes jogos mundiais muita miopia, cegueira e vistas cansadas. Deixem de reutilizar as inocentes garrafas de água mineral de 1,5 litros para as encherem de vodka russa. Tantos mirones visionando  tantos visores e mesmo assim deixando passar em claro tanta evidência não será só burrice. Há algo muito mais psicadélico a comandar aquelas mentes.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Parecia o Porto da era Lopetegui



Há quem diga que sou pessimista. Eu contradigo dizendo que sou realista. Ontem, mais uma vez, aquela seleção, dita nacional provou que os seus jogadores já deviam ter ido para banhos há muito tempo. Muitos dos jogadores estão em má forma,  jogam a passo, fazem demasiados passes laterais e para trás, fazem erros de passe mesmo de curta distância e os poucos remates feitos costumam ir parar às bancadas. Foi uma pasmaceira. Fizeram-me lembrar as exibições do Porto na era Lopetegui. Contra o Uruguai, a continuarem assim, vai ser um jogo tipo matraquilhos, muda aos três e acaba aos seis. FRAQUINHOS, FRAQUINHOS. 

segunda-feira, 25 de junho de 2018

19 fantasmas rio acima, rio abaixo




Ontem,  rumei até junto do rio Douro, do lado de Gaia, todo afiambrado em tirar umas belas fotos aos barcos rabelos, durante a sua regata.  Quando lá cheguei, esperei espectante, sentadinho num banco mesmo junto à margem. Esperei e desesperei pela dita competição. O tempo aprazado no programa oficial(15 horas) foi passando e nada de barcos. Como não era para ter qualquer consulta médica, ao fim de meia hora de espera, levantei ferros e voltei por onde vim...ou quase. Chegado ao tabuleiro inferior da ponte Luís I tive que subir até ao seu nível superior. Uma subida com um declive bastante acentuado que faz pensar...mas que mal é que eu fiz a Deus, para estar a ser castigado desta maneira, num dia de S.João. Claro que, para quem subiu o Pico ainda há dois anos... foi canja. ESTRANHEI, por conseguinte, aquele cartaz bem humorado, em inglês, como convém para turista ler, alertando para o dispêndio de energias que ainda faltariam para concretizar a subida e propondo uma paragem naquela tasquinha  saboreando um sempre bem vindo, copo de PORT WINE , of course. Pelas mijadelas que o grande vaso de flores tinha marcadas na sua base, o vinho devia ser mesmo bom, de fazer estalar a língua e excitar o sistema urinário.
Claro que não aceitei tal sugestão e continuei subindo...calmamente. No cimo, para retemperar as energias, comprei uma dúzia de churros, numa das várias roulotes de venda de churros e farturas que estavam acampadas por baixo da escarpa do mosteiro da serra do Pilar e fui-os "papar" já em minha casa sentadinho no sofá em frente à televisão, esperando ver AINDA os 19 fantasmas(barcos rabelos) rio acima, rio abaixo.
Dizem algumas más línguas que devido ao nosso COSTA(the first), que andou na noitada de S.João, estar ainda por estas bandas, foi-lhe ofertada o visionamento daquela regata...DA PARTE DA MANHÃ!!!
Já não é Carnaval mas, em festas de S.João também ninguém levaria a mal. 
O povo continua sereno! Temos o respeito que merecemos da parte dos nossos governantes e viva a Seleção Nacional que joga logo à noite com o Irão e ou muito me engano ou vai ser uma outra...desilusão.

domingo, 24 de junho de 2018

Noite mal dormida


Depois de uma noite mal dormida, provocada pelos excessos da noitada sanjoanina, nada melhor que um banho frio matinal para repor os sentidos no sítio. Estas pombas, assim o fazem e nada as fará sair da água nem mesmo a minha passagem com o meu rezingão cão Black. Não se vê viva alma, parece uma cidade fantasma. É dia de S. João! 
Mais logo, por volta das 15 horas há que ir assistir à XXXV regata de barcos Rabelos, no rio Douro. 19 embarcações previstas irão derimir forças, agilidade e saberes na arte de manobrar um rabelo e aproveitar ao máximo o vento e as correntes do rio. Muito interessante. A não perder. 

sábado, 23 de junho de 2018

Caça ao tesouro


Ontem, como o dia estava ótimo para trabalhar a vitamina D, dei um salto à praia e "armado" em Sherlock Holmes fui à caça do meu tesouro marítimo, procurar e encontrar no meio daquele cemitério arenoso os meus queridos "beijinhos". Há quem colecione conchas, outros procuram pedras brancas bonitas para decoração e eu gosto mais dos ditos "beijinhos", gastrópodes da família dos TRIIVIDAE com o nome científico TRIVIA MONACHA. Quando cheguei à meia dúzia destes espécimes parei porque, andar dobrado na areia, passo a passo, durante alguns minutos começa a ser depois um pouco doloroso voltar à posição ereta ou ortostática. A coluna vertebral já vai começando a emperrar. 


sábado, 16 de junho de 2018

Vitamina D de BORLA


Meia dúzia de gatos pingados na praia da Granja em meados deste mês de Junho, parece mentira. 
Só por lá devem parar alguns turistas nórdicos para os quais aquelas boas areias finas mais uns quaisquer 20 graus de temperatura exterior será já  excelente. Depois, têm para matar saudades das suas terras nórdicas, aquele nosso tão querido vento que vem do norte e que dá pelo nome popular de "NORTADA" . Se juntarem às suas peles corporais, tão branquinhas, uns bons raios UV em índice 9, então ficam em tom lagosta enquanto o diabo esfrega um olho. Depois, é só voltarem para as suas terras e mostrarem aquele bronzeado, tão desejado, aos seus vizinhos...invejosos. Claro que só não contam que o papão Melanoma lhes poderá fazer uma visita uns anitos mais tarde.
Velhos tempos em que nas praias se inalava o cheiro a iodo emanado pela presença de abundantes e variadas algas. O cheirinho da manteiga de cacau a ser barrada nos corpos das crianças e adultos era uma constante. Viam-se rochas cobertas de lapas, mexilhões e muita variedade de pequenos búzios e caramujos. As águas e areias eram mais limpas(sem plásticos) e as famosas pulgas do mar eram uma consumição. Entravam amiudadamente  por zonas corporais íntimas e faziam umas cócegas danadas.
Grandes aventuras e boas recordações desses tempos. 

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Ninho em marmeleiro


Este ano, na altura da floração dos marmeleiros, a chuva e o frio inibiram os insetos de fazer uma polinização conveniente. Resultado, este ano vou fazer é marmelada ...por um canudo. Mas nem tudo se perdeu. Encontrei um ninho bem instalado mesmo no centro de uma árvore e pelo andar da carruagem vou ter mais produção de pássaros do que propriamente produção de marmelos. Isto claro se os passarocos não se inibirem de fazer a marmelada correta para dar origem aos filhotes. Ninho em marmeleiro só pode dar uma boa ninhada.



domingo, 10 de junho de 2018

Amoreiras e bichos da seda


Eis um exemplo de frutos vermelhos que antes de o serem  têm este aspeto bem  verdinho. As amoras de árvore são totalmente diferentes, em sabor, das de silvas. São muito mais sumarentas e bastante tintureiras. Quando estão maduras, ao tirá-las, quase que se desfazem nas mãos e deixam-nas todas lambozadas com um vermelho cor de sangue, muito vivo. Quando era miúdo tinha a mania de criar bichos da seda e procurava as folhas desta espécie para os alimentar. Guardava os bichos, casulos e os ovos de uns anos para os outros, numa caixa de papelão com tampa transparente, bem acomodada, em cima do guarda-fatos. Tinha o cuidado de ir pondo umas folhas de amoreira para quando eclodissem, se alimentarem. Um ano, esqueci-me de lhes pôr as folhas e quando nasceram ...morreram à fome. Foi uma mortandade. Nunca mais fiz da sua criação um hobie. Creio que atualmente também já não haverá bichos da seda a viverem, no meio das cidades e a alimentarem-se de folhas de amoreiras. A haver devem procurar as árvores vizinhas de um qualquer fast food  da zona. Torna-se mais cómodo e a engorda está garantida.      

sábado, 9 de junho de 2018

Black, dom quixote del Pereiro


Quando nos aventuramos por terrenos desconhecidos, por vezes acontecem imprevistos e foi o que aconteceu, mais uma vez, ao Black. Ao passarmos em fila indiana, eu , ele e o Noddi, por uma passagem estreita entre terrenos agrícolas, apareceu este poço sem qualquer protecção e o triki-triki ao ver um terreno verdinho e liso tinha que o ir explorar e dando um grande salto, catrapuz, mergulhou no poço com uma pinta dos diabos. Parecia um saltador de prancha dos jogos olímpicos. Os limos, enganaram-no bem enganado. Claro que fez logo meia volta, todo aflito, e nadou para a berma onde o icei pegando-o pela coleira. Para além de ficar a pingar água e limos por todo o lado,deve ter ficado um pouco ferido só no seu...orgulho. Ainda por cima, no dia anterior, tinha-o lavado bem lavadinho na banheira de casa com champoo e secado muito bem com toalhas mais  secador. Aquela barrela teve de ser feita porque tínhamos passado por terrenos contaminados(pestilentos) com cheiro nauseabundo, provocados por derrames da mini ETAR lá da aldeia e como ele é baixo de patas, tinha ficado todo besuntado e mal cheiroso. Podia, muito bem, ter feito as diabruras ao contrário e tinha-me evitado aquela  trabalheira extra. Mas não, ele é mesmo assim. Um dia ladra ao canzarrão do pastor, provocando-o e logo dá às de Vila Diogo  antes de servir de boneco de trapos ao grandalhão, logo no dia seguinte entra afoitamente por terrenos enlameados  mal cheirosos precisando de uma lavagem geral(por cima e por baixo) e, ainda não satisfeito, salta para um poço enfrentando um ror de rãs e milhentos mosquitos. Todos os dias para ele são dias de aventuras endiabradas.  É o dom quixote del Pereiro.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

paisagens transmontanas


Uma paisagem, quando fotografada, nunca é igual mesmo sendo tirada do mesmo sítio. A parte terrestre pode parecer muito igual mas as nuvens, em constante movimento, dão-lhe uma outra perspectiva, uma outra envolvência. Durante a minha última estadia em Trás-os-montes, fui sempre acompanhado por um tempo incerto, por vezes com nevoeiro, outras vezes com chuva e quase sempre acompanhado por muitas nuvens. E o resultado, por vezes, é simplesmente... lindo .





quinta-feira, 7 de junho de 2018

Pipocas, uma speedy gonzalez



Continuando a escrever sobre cães de lá da aldeia, não posso deixar de mencionar uma cadela de nome Pipocas que sempre que se encontra solta, nos acompanha nas caminhadas. Esta cadela, meio escanzelada, tem uma velocidade digna de se comparar à dos galgos. Torna-se estonteante querer acompanhá-la com o olhar quando ela se digna dar umas corridas de contentamento à volta do Noddi e do Black. O seu dono, costuma tê-la presa num pátio, junto ao seu cavalo e a verdade é que esses dois criaram um sentimento de amizade muito forte. Não raras vezes vejo o cavalo a beijocar a cadela com uma sensibilidade digna de (alguns) humanos. Mas sempre que o seu dono se esquece de fechar o portão, ela dispara a correr para a minha casa e subindo as escadas fica junto à entrada da porta à espera que alguém a receba e lhe faça umas festinhas. Claro que a verdadeira intenção é receber o miminho que eu sempre lhe dou, um biscoito para cães que eu trago sempre comigo e distribuo amiudadas vezes, por eles. Estes biscoitos são uma espécie de suborno vs autorização para que o meu vira-latas citadino seja melhor aceite pela maioria dos canídeos da aldeia. Só há um que não alinhou na reciprocidade de "afectos". Há um novo macho, filho do famoso Poeta, já falecido, pertença de um dos pastores e que também é mau como as cobras. Já correu atrás do Black, quando exercia as suas funções, atrás do seu rebanho e só não o apanhou porque deve ter achado que não valia a pena um esforço suplementar de correr mais  uns metritos atrás de um pretito reguileiro deixando indefesas todas as ovelhitas do seu dono. O Black já ficou avisado.


quarta-feira, 6 de junho de 2018

Noddi , um cão aciganado

 Já se passaram cinco anos desde  que vi e conheci pela primeira vez este cão. Meio vadio, meio cigano,  comecei-o a tratar pelo nome de Noddi e assim ficou.
Juram a pés juntos, alguns residentes da aldeia, que já o viram a vaguear, amiudadas vezes, pelas aldeias limítrofes, algumas delas já a bastantes dezenas de quilómetros. Mas volta sempre aqui,  se calhar à minha espera. Sempre que volto ao Pereiro não me larga mais, quer chova quer faça sol. Entra, todo afiambrado, pela casa adentro, que esteve fechada durante  os vários meses de invernia e vai direitinho ao seu lugar costumeiro, dos outros anos, de descanso e dormida. Espera pacientemente pela sua refeição e a partir daí não me larga mais... durante o dia, porque, quando se aproxima a noite, depois de um último repasto frugal, costuma ir dar a sua escapadela noturna(?) reaparecendo, normalmente, só a meio da noite.  Por vezes até se ausenta alguns dias. Como tenho sempre a porta entre-aberta, entra  subrepticiamente e vai-se deitar, procurando descansar um pouco, mas sempre de atalaia ao meu toque de levantar para me acompanhar, por vezes todo ensonado,  nas minhas caminhadas. Quem resmunga, sempre um bocado, por ter sido perturbado no seu sono, é o Black, o meu cão citadino, que deve ficar perplexo com o descaramento do entra e sai daquele ainda seu primo afastado, pois, não nos podemos esquecer que são ambos  descendentes do antepassado canis lupus signatus(lobo-ibérico). Mas tudo numa boa. O pior é a despedida. Quando regresso à selva citadina fica a ver, no meio da estrada, o meu carro a desaparecer no horizonte, esperando pacientemente que um dia nos reencontremos. Tem sido assim, já lá vão cinco longos anos com as suas cinco longas invernias.