quinta-feira, 7 de junho de 2018

Pipocas, uma speedy gonzalez



Continuando a escrever sobre cães de lá da aldeia, não posso deixar de mencionar uma cadela de nome Pipocas que sempre que se encontra solta, nos acompanha nas caminhadas. Esta cadela, meio escanzelada, tem uma velocidade digna de se comparar à dos galgos. Torna-se estonteante querer acompanhá-la com o olhar quando ela se digna dar umas corridas de contentamento à volta do Noddi e do Black. O seu dono, costuma tê-la presa num pátio, junto ao seu cavalo e a verdade é que esses dois criaram um sentimento de amizade muito forte. Não raras vezes vejo o cavalo a beijocar a cadela com uma sensibilidade digna de (alguns) humanos. Mas sempre que o seu dono se esquece de fechar o portão, ela dispara a correr para a minha casa e subindo as escadas fica junto à entrada da porta à espera que alguém a receba e lhe faça umas festinhas. Claro que a verdadeira intenção é receber o miminho que eu sempre lhe dou, um biscoito para cães que eu trago sempre comigo e distribuo amiudadas vezes, por eles. Estes biscoitos são uma espécie de suborno vs autorização para que o meu vira-latas citadino seja melhor aceite pela maioria dos canídeos da aldeia. Só há um que não alinhou na reciprocidade de "afectos". Há um novo macho, filho do famoso Poeta, já falecido, pertença de um dos pastores e que também é mau como as cobras. Já correu atrás do Black, quando exercia as suas funções, atrás do seu rebanho e só não o apanhou porque deve ter achado que não valia a pena um esforço suplementar de correr mais  uns metritos atrás de um pretito reguileiro deixando indefesas todas as ovelhitas do seu dono. O Black já ficou avisado.


Nenhum comentário: