sábado, 19 de maio de 2012

Sean Penn apela a greve de sexo em Cannes



O ator e realizador norte-americano Sean Penn apelou, este sábado, durante uma cerimónia em Cannes, às mulheres presentes para fazerem greve de sexo em solidariedade com todas as mulheres no Haiti.
Quero que todas as mulheres, em solidariedade com as mulheres do Haiti, que sofreram mais do que qualquer mulher no mundo, digam aos homens: hoje não vou ter sexo contigo a não ser que faças um donativo" para apoiar aquele país", disse o ator.

MAS ISSO, NO FUNDO, NÃO É PAGAR POR ATO SEXUAL?
CONVIDAR AS MULHERES A SEREM "PROFISSIONAIS" POR UM DIA. GENIAL IDEIA!
MESMO SENDO POR UMA CAUSA NOBRE, OH PENN, VÊ LÁ SE NÃO DÁS IDEIAS QUE PODEM RESVALAR PARA A GENERALIDADE DOS DIAS. 
EU, COM A CRISE QUE GRAÇA NESTE PAÍS, NÃO TENHO POSSES PARA PAGAR "TODAS AS QUECAS QUE DER, MESMO SENDO CASEIRAS".
SÓ DE PENSAR NISSO ATÉ JÁ PERDI, HOJE, A VONTADE!!!


ob:Fotografia e extratos de texto, do Jornal de Notícias.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

País de contrastarias




Esta aglomeração de turistas, à porta das instalações do Turismo no cais de Gaia, deveu-se à atuação com danças e cantares de um rancho folclórico de Viana do Castelo, contratado para fazer promoção turística.
Até aqui, tudo bem.
Só que, como é sabido, os ranchos daquela região são conhecidos pelos trajos das moças e pelos kilos de ouro que elas transportam nas orelhas, peito e possivelmente em mais sitios onde eu já não consigo vislumbrar.
Com a fominha que graça, infelizmente, numa cada vez mais vasta  camada da população,  dei-me a pensar que como por vezes a ocasião faz o ladrão, não seria de estranhar aparecerem uns dois ou três "artistas"encapuçados, armados de qualquer arma branca ou superior e arrebanharem aqueles kilitos de ouro, mesmo à mão de semear.
Num país que está de tanga, termos ranchos folclóricos a mostrarem tanta opulência, só mesmo para turista ver.
Cá para mim, que não sou de dar bitaitadas, aquele ouro já estava todo penhorado!!!   

domingo, 13 de maio de 2012

Mandela (D)ay


 
Neste sábado dei mais um esticanço às pernas e mais uma vez passei pelo cais de Gaia. Estavam a colocar umas letras gigantes na armação da ponte D. Luís I. Podia-se ler MANDELA (?)AY. Presumo que lá faltasse um D. Não querendo brincar com coisas sérias, não havia necessidade de criarem tanto suspense. Eu, vim-me embora sem poder ler a mensagem completa, embora com muita pena minha. Mas entre ir assistir em casa ao último jogo de futebol desta época, do Porto com o Rio Ave e esperar pela fixação da última letra na ponte, optei pelo chamamento do coração em detrimento da teoria da constatação.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Pura fixão, meia adaptação.



Estava eu hospedado num hotel, 4 estrêlas, em Stressa, uma pequena cidade do norte italiano, junto ao lago Magiori, perto dos Alpes, quando esta peripécia aconteceu. Parece uma anedota ou por outra é mesmo uma anedota. 
Nesse hotel, conheci um casal jovem, de italianos.
O casal tinha-se conhecido ia para duas semanas. Apaixonaram-se e foi tiro e queda. Casaram-se pelo civil e hei-los em lua de mel.
O pormenor de práticamente não se conhecerem não era problema. A coisa iria sendo desvendada, naturalmente, com o tempo, dia a dia.
Estavamos na esplanada junto à piscina, deitados naquelas camas, normalmente pouco ortopédicas mas facilitadoras da exposição corporal, aproveitando os primeiros raios solares dignos de uns 20 graus centigrados.
O rapaz, a dada altura, levanta-se do cadeirão, sobe as escadas de saltos da piscina e do alto da prancha dos 10 metros faz um salto magnífico. Ficámos todos a pensar, calhou-te bem. Mas não, ele voltou a subir várias vezes e a saltar, sempre com uma mestria de primeira linha.
Quando se aproximou de nós, sentou-se e disse muito naturalmente, fui saltador olímpico de prancha.
A moça ficou muito embevecida, aplica-lhe um profundo beijo e levanta-se indo para a borda da piscina. Atira-se para a água e começa a fazer piscinas atrás de piscinas, mostrando possuir uma resistência bastante apurada. Passados uns bons trinta minutos ela sai da água, respirando normalmente, sem mostrar qualquer dispêndio de energia extra normal, mostrando uma frescura física elevada e senta-se à nossa beira. Recebe, por sua vez, um beijo profundo do recém marido que a felicita entusiasmadíssimo e com um ar de curiosidade pergunta-lhe se tinha sido nadadora federada nalgum clube. Resposta da moça, com uma calma e normalidade singular: Não, fui prostituta durante dois anos em Veneza e utilizava(para evitar os engarrafamentos de trânsito) os canais para fazer os serviços ao domicílio!!!   

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ser dono do meu tempo





Agora, na condição de professor reformado, posso-me dar ao luxo de poder apreciar, saborear, ver com mais atenção, as potencialidades turisticas que me rodeiam.
Adoro percorrer a pé, do lado de Gaia, a margem do rio Douro, desde a ponte D.Luís I até à Afurada(e volta). É um esticãozinho para as pernas, mas um bálsamo para os olhos e alma(para quem a tem).
Adoro ver umas aves (mergulhões?) apanharem a sua dose diária de peixe, através dos seus mergulhos. O seu tempo de emersão(já  cronometrei) é bastante considerável e a distância percorrida, por vezes, é enorme. Chego a perdê-los do meu campo de visão. 
As gaivotas, de várias espécies, fazendo os seus voos de reconhecimento, sempre atentas a algo comestível, com  os seus sons e gestos que podem ser agressivos mas também meigos e doces  eram algo que não tinha tempo para apreciar.
O corropio, dos barcos turísticos, para cima e para baixo das pontes, no rio, são também alvo da minha predisposição temporal. Apreciar a azáfama dos vendedores de bilhetes, para os passeios de barco, à fauna turística, trabalho a exigir constante atenção, observação e constatação de potenciais interessados nos seus serviços, acaba por ser um ponto de interesse, por mim, a explorar.  
Até o pintor, alvo central da minha fotografia acima exibida, tem direito a um tempo extra de observação, apreciação e interesse. 
E  as caves de vinho do Porto, os restaurantes, bares, esplanadas, mercado abastecedor, vendedores ambulantes, trânsito automóvel e vigilância policial? E o subir e descer dos aparelhos semi-automáticos para admissão ou interdição nalgumas ruas e ruelas da zona, mais as câmaras de vigilância, cada vez mais usadas e abusadas?
E o teleférico, obra imponente, bonito de ver, com as suas células sempre em movimento,  caro na sua construção e utilização e (quase)sempre vazio. Um melhoramento turístico e paisagístico que não foi construído para servir  a população gaiense mas para se servir da população gaiense.
Tantas observações provenientes do tempo necessário para observar e, com  tempo, absorver!
Agora, na condição de professor reformado, sou finalmente, dono do meu tempo.
  

...para os gatos, claro!!



A "Tuulinha" era uma gata, e que gata!
De média idade, roliça, olhos azuis, pêlos aloirados, uma perdição de gata, para os gatos,claro!
Era muito inteligente, sagaz, possessiva e como tal habituada a saber exercer a sua presença e o seu querer, aos outros gatos.
Quando não conseguia provocar essa atracção/fascinação, a algum gato mais distraído ou de vista turva, era o fim da bicharada!
Saltava de cadeira em cadeira, fulminando-o com aqueles seus olhos azuis celestes, ronronando, andando lenta e pausadamente à sua volta, questionando-se mentalmente, do porquê daquela sua indiferença!
Estava visto que sabia o que queria, quando e onde. Nem que fosse à lei da bala!
Era uma dominadora nata!
Lá terá vindo o tempo em que as suas capacidades de persuasão não foram tão eficazes. Todos os reinados têm a sua duração. E a beleza a sua finação!
Mas não era nada tolinha a "Tuulinha", isso não...


ps: Na fotografia, aparece de cabelos cinzentos e madeixas brancas e pretas porque tinha ido ao cabeleireiro mudar o visual!
Ela era, naturalmente, LOIRA!!!

Dois valentes chochos...


Foi uma vez...


Num dos primeiros dias, de um tímido verão de 2007, dei de caras "pour azard", com uma colega, e que colega, de profissão!
Trabalhavamos na mesma empresa, mas, em ramos e escalões diferentes!
Esse (des)encontro aconteceu numa estação de metro(Trindade), algures na mui nobre e invicta cidade do Porto.
Na altura, no local de trabalho, tinha optado por evitar dar de caras com..., não dialogar com..., não confrontá-la, uma vez que a considerava uma mulher esculturalmente... inteligente, culta, arisca, com uma resposta pronta e mordaz, mas também com pêlo na benta, com língua viperina, com tendências castradoras e hormonas cobridoras, principalmente para com o sexo oposto!
Foi grande o meu espanto quando, na dita cuja estação, me divisionou, se aproximou e, pondo-se em bicos de pés, angelicalmente, me pregou nas minhas, estupefatas faces, dois valentes chochos, graciosos, com sabor alourado.
Fiquei que nem vos conto, ou por outra, vou contar.
O meu 1º pensamento foi "o que é ka gaja quer, dud?!"
E, pé atrás...na defensiva de ideias!
Não me deixando recompor do espanto, com um smile "face to face", atirou-me com aquela sua voz fina, tranquilamente compassada, sibilina:
 olá oh kruz, estive no teu blogue, gostei bastante e blá blá e blá, blá!
Eu, mudo e quedo, agora... com o outro pé atrás, continuava a ler, fixamente, nos  seus lábios!
Só respirei de alívio... um bocadinho, quando finalmente me apercebi que, naquele dia, Ella não trazia a sua língua... bífida!
Fui salvo, logo depois, pela chegada de um metro!
Nem reparei para onde ia nem se me servia!
Só sabia que Ella se dirigia para ele, às arrecuas, perguntando... e tu não vens neste e blá blá...
Só consegui dizer entre um esgar misto de dor e prazer... naaaaaaaa!
Estava petrificado!
Puxa, que colega!
Que... tímido verão!!!

O meu amigo Mário










O meu amigo Mário é tu cá tu lá... com fantasmas.
Os seus últimos anos têm sido recheados de acontecimentos fantasmagóricos. Não os vê mas, sente-os na pele.
Os seus hobbies predilectos são a caça e a pesca. Só que, digo eu, quando vai à caça é caçado, quando vai à pesca é pescado e até à fisga seria... fisgado.
Não é profissional, mas gasta as suas horas vagas, que são imensas, nas estratégias a montar e material a usar.
Para a caça é ele quem escolhe as armas, as oleia, as calibra e enche os cartuchos com os chumbos certos e quantidade de pólvora certa, para a "caçada" que tem em perspectiva. Procura o local ideal, a hora perfeita mas, esquece-se de "convidar" os actores principais - as suas "vítimas".
E, sem esse pequeno pormenor, saem-lhe os tiros pela culatra. Vem de mãos e carteira a abanar porque todos aqueles preparativos não ficam baratos.
Psicologicamente vem abatido mas põe sempre aquele sorriso nos lábios de vencedor, vencido.
Na pesca e para a pesca é ele quem faz os engodos, escolhe os anzóis, faz as amostras, pesa as chumbeiras, afina os carretos, verifica se o fio não está traçado e leva sempre quatro ou cinco canas não vá o diabo tecê-las.
Escolhe bem as marés, procura os melhores locais, veste roupa adequada mas...quanto a pescado só o da peixaria mais próxima.
É um desastre completo mas não desiste de vir a ter um dia em cheio, tipo jackpot do euromilhões.
Depois quem o ouve não é surdo;"vi ao longe um bando de patos bravos, atirei, mas não estavam bem ao meu alcance" ou então, "vi um cardume de robalos, enormes, mas não pararam para morder o isco".
O meu amigo Mário é... fantasmagórico.

Memoriando...





Há muitos, muitos anos, ainda envolvido na minha vida de estudante, convivia com muitos amigos.  Um deles era o Nogueira.
O Nogueira gaguejava compulsivamente e, vim a constatar com o decorrer do tempo que  também mentia a torto e a direito. Era um mentiroso compulsivo. 
Hoje em dia daria um bom político. Até a gaguez lhe daria um cunho de credibilidade, de autenticidade, de empenhamento pela causa. E então com um pouco de suor na testa...
Mas nem tudo tinha de mau.
Por exemplo,tinha uma irmã, de nome Albina,boa como o milho, com um peculiar nariz adunco. A rapariga engraçou comigo(presumo). Eu, nem tanto, mas lá íamos...conversando.
Esse meu amigo, com o passar do tempo, ao aperceber-se da paixoneta da irmã, e sabendo(mea culpa) que eu não era pêra doce( já naquela altura levava uma vida muito pouco ortodoxa), tratou de através da sua "arte natural",ir minando o ambiente até chegar ao ponto de nos afastar radicalmente.
No fundo,no fundo, até agradeci( a coisa estava a ficar séria e eu...uffa). Mas a forma como o fez,através de aldrabices e pelas minhas traseiras(costas) magoou-me. Senti-me agri-doce. Por um lado...mas pelo outro...
Para a sua irmã, estancar os seus sentimentos, também não deve ter sido nada fácil.
 A nossa amizade, esfriou a partir daí, até acabar mesmo por se diluir completamente no tempo.
Nunca mais nos contatámos. Éramos "teenagers", e o tempo encarregou-se de amenizar as mazelas.
 Passados umas dezenas de anos,por casualidade,dou de caras com o meu velho amigo, mas não camarada de armas, Nogueira.
O que fazes, o que não fazes. O que faço, o que não faço.E, claro, com o bichinho da curiosidade a morder-me a ponta da língua,como quem não quer a coisa, perguntei-lhe o que era feito da sua querida irmã. Fiquei a saber(?) que era professora  numa escola(...) do Porto, casada(?) e com filhos(?). Fiquei com um semi sorriso estampado no meu rosto mas, com milhentos pontos de interrogação a inundarem-me o cérebro. Pensei..., olha, exatamente como eu, professor, casado e com filhos! 
Lembrei-me depois, porém, que ele era, é, e continuará a ser um mentiroso compulsivo.
Nunca confirmei o que ele me tinha informado sobre a sua irmã,  mas deu para  ficar a pensar como teria sido o meu destino se ele não fosse um...
O destino traça o nosso caminho ou somos nós que o traçamos?
Que nos aparecem muitas encruzilhadas ao longo da vida é verdade, mas creio que somos nós próprios que temos a última palavra na escolha.Ou será que não?
Estou-me a lembrar do FMI, por exemplo!!!