segunda-feira, 13 de outubro de 2014

DIAS...MARCANTES


Um dos  acontecimentos mais relevantes, passados nesta última semana,  foram eu ter avistado a uma distância de 50 metros (mais ou menos), uma bonita raposa que se dirigia, provavelmente,  para as capoeiras da aldeia. Eu, mais o Blakkk estávamos em cima de uma fraga contemplando a aldeia e arredores ao mesmo tempo que nos deliciávamos com os sons da natureza quando vi um movimento à minha esquerda. Olhei e deparei com aquela linda criatura. O cão não a viu nem sentiu. O vento estava a soprar pelas minhas costas, paralelamente ao percurso da raposa e ela também não nos "topou". 
Tinha a máquina fotográfica presa ao cinto das calças e tentei tirá-la o mais rapidamente possível mas ao mesmo tempo sem movimentos bruscos. Pensei que talvez ela me desse tempo para a filmar. Foi o meu erro. Procurar o sítio na máquina onde carregar para a filmar e fazer um zoom jeitoso, deitou tudo a perder. Ao fazer o zoom, filmei foram as copas das árvores. Quando a tentei focar, já tinha dado uns passos para trás e descido por entre dois montículos com densa vegetação. Nunca mais a vi. Fiquei desolado. Tinha uma cauda felpuda muito linda. Belo exemplar.
Um segundo acontecimento passou-se junto ao tanque da aldeia onde as aldeãs ainda lavam muita  roupa. 
Eu estava entretido a fotografar umas obras de melhoramento junto à famosa "fonte do engaranho" quando uma miúda da aldeia, a única que existe no povoado, e que estava agarrada a um dos pilares desse tanque, a ver-me fotografar, grita: o cão caiu ao tanque! Olhei, e vi o Blakkk dentro do tanque com as patas dianteiras pousadas numa das pedras de lavar, só com a cabeça de fora, com os olhos esbugalhados, a tentar subir, "aflitinho da Silva". 
Claro que nem me lembrei de o fotografar naquela situação/aflição. 
Tinha saltado, para a parte de cima das pedras de lavar, só que não sabia, porque não as podia ver, que eram em plano inclinado e molhadas, logo escorregadias. Resultado, mergulho para a "piscina". 
Agarrei-o pela coleira e, num ápice, levantei aqueles oito quilos com mais o peso de uns decilitros daquela água ensaboada. 
Sentindo-se em terra, rebolou-se todo, esfregou o focinho na areia das obras, subiu as escadas correndo que nem um desalmado até à capela, e voltou até mim, sacudindo-se todo, esperrichando gotas de águas em todas as direções e saltando para as minhas calças como que a querer dizer"obrigado, mas desta já me safei". Lá tive que o encaminhar até casa onde com uma toalha e um secador o "reciclei".
Com ele e comigo, todos os dias são...marcantes!

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