terça-feira, 9 de junho de 2015

Simão volta a atacar


Simão é um cão, cá da zona, já referenciado( pelo menos por mim e pelo Blakkk) com tendências para a sua agressividade. Já é a terceira vez que estava pronto para passar os seus carnívoros e restantes elementos dentários no apetecível lombo e pescoço do meu "tração às quatro patas". 
É costume, depois do jantar, reunirem-se no jardim Soares dos Reis, aqui em Gaia, uma boa dúzia de mordomos com os seus amos que é como considero a relação com os seus respetivos cães. Normalmente, dão-se bem, cães e cadelas de grande e pequeno porte, rafeiros ou pedigrees. Eles já se conhecem e lá vão brincando uns com os outros conforme mais gostam e lhes apetece. De vez em quando, aparecem uns "infiltrados" que no meio daquela confusão inicial, passam despercebidos mas, não por muito tempo.
Assim, estava eu com o meu "mais que tudo", atrelado bem junto a mim, quando dou por ver um latagão, não muito estranho da nossa memória,  de pêlo castanho escuro e portador de uns bons trinta e tal quilos a rondar o meu "vira-latas". Quando comecei a ver o seu pêlo dorsal iriçado com a cauda bem quietinha, tratei de fazer um "push up" ao meu cão e icei-o para o meu peito, mesmo a tempo de evitar a sua bocarra já aberta a salivar de um prazer incontido. Ainda deve ter passado ao de leve pelos pêlos do B. pois este fartou-se de resmungar, todo nervoso e nada satisfeito com aquela apertada situação.
Este Simão é o mesmo que já há um ano, tentou ferrar o meu, ainda cachorro e que se salvou porque fugiu, na altura, para a soleira da nossa porta e o dito agressor estacou a poucos centímetros da mesma após vários chamamentos do seu dono. Há uns meses, este mesmo Simão foi abalroado por um carro em plena via pública, só porque viu o meu cão do outro lado da rua. O para-choques do carro até saltou pelos ares. Andou uns tempos empanado com umas costelas partidas. É caso para dizer que deve ter um amor de perdição pelo meu lulu de sete quilos e meio de pele e osso, com protótipos de músculos.
Continua, no entanto, a andar impunemente solto e sem açaime. 
Sobreviver em cidade não é nenhuma pêra doce, para os cães e seus mordomos.
Estão, cada vez mais, sujeitos a viver em prisão domiciliária com... pulseira eletrónica. 

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