*Um dia, um homem cansado da vida de
casado disse que ia ali à esquina
comprar cigarros e desapareceu.
comprar cigarros e desapareceu.
Não é força de expressão ou sentido
figurado, ele disse exactamente isto:
- Vou ali à esquina comprar cigarros e já volto.
- Vou ali à esquina comprar cigarros e já volto.
Ficou dez anos desaparecido.*
*Há algum tempo, reapareceu. Bateu à porta, a mulher foi abrir, e lá estava ele.
*Há algum tempo, reapareceu. Bateu à porta, a mulher foi abrir, e lá estava ele.
Dez anos mais velho, quieto, sem dizer uma
palavra. A mulher despejou toda a
revolta para cima dele:
revolta para cima dele:
- Seu isto! Seu aquilo! Então dizes que
vais à esquina comprar cigarros e
desapareces? Abandonas-me, abandonas as crianças, ficas dez anos sem dar
notícias, fazes-me criar os miúdos sozinha e ainda tens o desplante, o
acinte, a coragem de reaparecer deste jeito? Pois vais pagar-me. Fica
sabendo que vais ouvir poucas e boas. Eu nunca te vou perdoar . Estás a
ouvir? Nunca! Entra, mas prepara-te para... *blá blá blá blá...
desapareces? Abandonas-me, abandonas as crianças, ficas dez anos sem dar
notícias, fazes-me criar os miúdos sozinha e ainda tens o desplante, o
acinte, a coragem de reaparecer deste jeito? Pois vais pagar-me. Fica
sabendo que vais ouvir poucas e boas. Eu nunca te vou perdoar . Estás a
ouvir? Nunca! Entra, mas prepara-te para... *blá blá blá blá...
*Nisto, o homem dá uma palmada na testa e
diz: *
- Eh, pá! Esqueci-me dos fósforos! Já volto !*
- Eh, pá! Esqueci-me dos fósforos! Já volto !*
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