quarta-feira, 21 de novembro de 2018

OLHO VIVO



Olho vivo e ouvido atento, sim, mas não chegou para o caso. Estávamos os três, eu e os dois cães, Nodi e Black descansadamente no alto do monte encostados ao marco geodésico(pinouco) contemplando as paisagens e desfrutando dos sons que provinham das pessoas atarefadas na apanha da castanha, lá no meio dos soutos, quando se deu um encontro imediato, não com um ovni mas sim com um belo exemplar de raposa, pelo tamanho, já adulta e creio, macho. O Nodi, já não está na fotografia porque tinha pressentido algo e tinha desatado a correr monte abaixo. Estranhei, até porque ele andava limitado no seu andar, com um problema na pata esquerda dianteira com um golpe numa das suas almofadas mas fiquei admirado a vê-lo descer a toda a velocidade chegando quase até à estrada. De repente, vindo da nossa esquerda em corrida desenfreada e aos saltos, galgando giestas e saltando por entre as fragas, passa mesmo por baixo de nós aquele belo exemplar, que dizem ainda ser primo dos cães. Tentei tirar uma fotografia mas, mais uma vez, a matreira e fugidia raposa não me deu esse gosto. O Black, ainda correu um pouco para fazer uma perseguição mas eu dissuadi-o chamando-o porque a raposa era maior do que ele e não gosto de confrontações. Passado uns segundos chegou o Nodi, arfando, snifando por todo o lado e tentando encontrar o seu rasto mas...já era. Nunca mais a vimos. Já não é caso virgem eu detetar raposas por ali, mas assim tão perto, só nos zoológicos as tinha visto. O Nodi deve ter ficado a pensar " io no lá ai visto, pero que lá ai, lá ai".

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