sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Blakkk, eu e a cão(sualidade)








No meu caso, acho que posso adaptar o (enigmático) provérbio popular - o Homem põe e Deus dispõe - para - o Homem põe e o cão(sualidade) dispõe.
Longe estava eu de pensar, que a minha vida quotidiana iria mudar, e de que maneira, com um simples achado num degrau de escada dum prédio no Porto. 
Num dos últimos dias de Setembro, estava embrenhado na (r)evolução das obras de recuperação de um andar que tenho no Porto, quando comecei a ouvir, muito baixinho, uns tímidos gemidos/latidos, vindos do fundo das escadas do prédio, mesmo perto da porta da entrada principal. 
Como os gemidos continuavam, fui ver o que era e e deparei com um cachorrinho, todo pretinho, a esforçar-se por subir os degraus das escadas, em direção aos sons(presumo) que ouvia no meu andar. 
Pensei que teria alguém do prédio posto o cãozinho ali, momentaneamente, e que o iria buscar logo de seguida. 
Voltei para o frenesim das obras. 
O tempo foi passando mas a situação mantinha-se. Comecei a ficar preocupado.
Voltei a ir vê-lo, passados uns bons minutos.  Já tinha conseguido trepar mais uns degraus. Estava enroladinho em si mesmo, gemendo(presumo) de frio, cansado do esforço de subir os degraus e de se sentir abandonado. 
Peguei nele e fui perguntar a  todas as pessoas do prédio, se lhes pertencia ou se sabiam de quem era.
Fui à rua ver se alguém o procurava.
Gorados todos os esforços, dei comigo a pensar que  alguém, ao ver a porta aberta do prédio, devido às descargas de materiais para a obra, viu ali uma forma hábil de abandoná-lo.
Acabaria, provavelmente, de haver alguma alma caridosa, que tomasse conta dele.  
Alma não sei se tenho. Caridoso serei um pouco. Mas fui eu quem lhe saiu na rifa...desta sua vida.
Instintivamente, comecei a tratá-lo pelo nome de Black e, mais tarde, por razões  pessoais(unhas/dentes com carne) , mudei-o para...Blakkk. 
Foi assim que, este belo rafeiro, ME adotou para seu amo e senhor.

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