terça-feira, 15 de agosto de 2017

Respirar liberdade



Na subida para o "pinouco", normalmente quem chega lá primeiro são o Blakkk e o Nodi. É uma questão de...idades! Nem sempre me sento em primeiro lugar no marco geodésico. Por vezes visito primeiro a "banheira", umas fragas ao lado deste. Para evitar desperdício de energias, o Blakkk mesmo antes de chegar ao cimo, costuma olhar para trás para eu lhe dar a indicação, com uma das minhas mãos, qual a direção a tomar. Desta vez, e vê-se na fotografia, apontei para a "banheira" e ele querendo receber em primeiro lugar o biscoito recompensador do esforço despendido,  esgueirou-se por entre as giestas e saltando os últimos obstáculos lá se empoleirou todo prazenteiro mas com a sua língua bem de fora, sinal de que não fora pêra doce, aquela escalada matinal. Devido aos incêndios que tinham fustigado em parte aquele monte, tínhamos feito a subida por novos caminhos, todos cheios de cinzas e restos de madeira carbonizada. As minhas botas e as patas deles afundavam-se em vários centímetros de poeira acinzentada. Como ele é baixo, mais dificuldades teve que enfrentar e principalmente de respirar, daí a sua língua de palmo e meio. Mas para ele todo o esforço vale a pena para poder correr e saltar à vontade sem ter que se preocupar com o trânsito citadino. Viver no meio da natureza, fora da civilização, dá-lhe uma energia e uma alegria desmesurada. Até ao dono!

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