domingo, 13 de agosto de 2017

Mariquices










Já me tinha apercebido que o Nodi é sensível a determinados ruídos.
Por exemplo, o simples abrir de uma lata de coca-cola provoca-lhe um movimento de desconfiança pondo-o de sobreaviso.
Agora a sua  reação ao ribombar de uns foguetes que estavam a ser lançados de uma aldeia vizinha, lá para os lados de Paradela, a assinalar, presumo, o início de uma procissão acompanhada de charanga filarmónica, é que foi novidade. Estava eu sentado em cima de umas fragas a  absorver toda aquela beleza paisagística quando começam os rebentamentos e, ato contínuo, o Nodi salta para o meu colo, gemendo cheio de medo dando a entender querer afastar-se dali o mais depressa possível.
Que desse às de Vila-Diogo, compreenderia, agora saltar-me para o colo, aquele cão tão senhor do seu nariz, é que me deixou perplexo. Aliás não só a mim como ao Blakkk que estava ao meu lado a observar toda aquela faixa transmontana e que olhou para ele, de lado, como que a pensar "mas que maricas...meu".

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